Antes ouvir que ser surdo? Pense bem


Em tempos de ai se eu te pego, tchetchereretchetche se eu te pego eu te envergo, Bar abará, berê berê, tãe tãe tãe, e outras poesias, é de se admirar a massiva aderência a este teor musical. Os autores destas profundas melodias têm atraído milhares de pessoas a mares nunca dante navegados da música brasileira, onde uma multidão canta e dança (sim, até dança) as coreografias insinuantes do intérprete, que geralmente remetem a algo que você já deve imaginar.  Por que algo assim atrai tanta gente?

Não é difícil sair de casa e se deparar com um carro de som estridente badalando seus ouvidos com os mais diversos tipos de “ruídos musicais”, que se propagam no cérebro e ali ficam o dia todo, ou até ser substituído por outra música.  Se você tem algum vizinho barulhento, com certeza entendeu o que quero dizer.

Mas o fato da música te atormentar o dia inteiro é o de menos. Já parou pra pensar no conteúdo das letras? Porque a conotação sexual caiu no gosto popular? E principalmente: Por que as mulheres são as que mais aderem a este tipo de comportamento, quando o que essas músicas mais fazem é diminuí-las e menosprezá-las?

É difícil de acreditar, mas elas são as que mais seguem esses verdadeiros "fenômenos". Justo elas, que são tão "enaltecidas" e "bem citadas" em algumas dessas canções. Em qualquer vídeoclip ou imagens de shows onde músicas degradantes são o prato principal, quem está lá na primeira fila? Sim, mulheres! Dá pra acreditar?




Mas as mulheres ouvem este tipo de música por diversão, curtição, badalação, etc. Elas simplesmente curtem, ninguém precisa reparar nos detalhes da letra, meu querido.




Ledo engano, cara bola azul sem membros inferiores. O conteúdo presente nestas verdadeiras anedotas musicais são um ataque direto a honra e a integridade moral ao sexo feminino. A maneira como estas são referidas e tratadas nos versos são ultrajantes. E o que mais impressiona é que estas abraçam este tipo de “expressão artística” com sorrisos, dançando junto e, como você mesmo disse, na maior diversão, curtição e badalação.

Se o nível de aceitação destes gêneros não fosse tão alto, não haveriam composições tão esdrúxulas como há hoje.  É como dizem alguns economistas: Se há demanda, sempre haverá oferta. Há quem diga que o tchetchereretchetche foi inicialmente rejeitado por Gustavo Lima. Adivinha porque? Por ser sugestivo o suficiente para remeter a algo que não passa na tv antes das 23:00. Então porque ele gravou? Tem ideia? Porque ele tinha... tinha? Isso mesmo, demanda! Por mais que contradissesse seus princípios, ele viu que poderia estourar com o trabalho e... alguém duvida que ele tinha razão?


Mas nunca se esqueça:


Somos compostos de tudo aquilo que absorvemos. Abra-se a bons conteúdos e será composto por eles 

Não tenho nada contra a Limas, Telós, Catras, Santanas e firulas análogas, entretanto, nossa inteligência e bom senso não devem ser afrontadas por este tipo de conteúdo. A integridade moral é algo precioso demais e com certeza, vale muito mais do que camaros amarelos. 

Formado em TI e curioso por natureza, Pedro Antônio é o criador do Appcheckup e do Nível Crítico, blog crítico de diversos assuntos. Criou o blog com intuito de expor seu parecer sobre diversos assuntos e compartilhar o ponto de vista analítico de alguém que busca a verdade oculta nas entrelinhas da vida.

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